quarta-feira, 25 de março de 2009

Amamente!

Genial esta tirinha do Rep




Ela traduz bem como pode ser prazeiroso amamentar. Além de mostrar as várias posições possíveis! (é verdade viu, dá para amamentar em várias posições diferentes, claro que não necessariamente estas!!!)

Páscoa divertida

Uma idéia simples para fazer a páscoa ficar mais fofa e divertida:







O passo-a-passo você encontra no Crochê e Cia . No Blog Artesanato e afins ela ensina a fazer um ninho para colocar os ovos de Páscoa, também usando a bexiga como suporte.



São idéias simples e que podem ser uma boa brincadeira!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Oh! Um livro bem bacana

É isso aí, este livro "OH!", de Josse Goffin, é muito legal para as crianças. Você vai me perguntar:
- Mas ele é idicado para qual faixa etária?

Bom, para várias. Vou me explicar, mas antes quero falar um pouquinho do livro.

Ele é feito exclusivamente de imagens, ou seja, é um livro que não tem texto. Os desenhos são claros e grandes. Mas o grande tchan do livro é o efeito surpresa.

Numa folha temos o desenho de um sapato mas, quando você desdobra a página, o sapato se transforma num Dragão: Oh!

Para as crianças pequenas o livro é interessante justamente por conter imagens claras, o que ajuda à criança reonhecer o que já conhece (isto é um sapato!) e também aprender coisas novas (um dragão!). Elas logo entram na brincadeira e, se quando abrimos a página e aparece o dragão falamos: Ohhhh, um dragão! Elas, ao verem o sapato, já ficam esperando a grande transformação e fazem, elas mesmas, a sonoplastia da história.

Isso também acontece pois as crianças gostam de ler várias vezes o mesmo livro. Elas esgotam aquela brincadeira que é a leitura, a experimentam de tudo quanto é jeito, chegando a decorar a história.

Conforme a criança vai crescendo, o mesmo livro pode ser lido de formas diferentes. Podemos enriquecer o faz-de-conta e, quando aparece uma escova de dentes, brincar de escovar os dentes...

Para os papais mais inspirados também há a possibilidade de inventar história tendo o desenho como suporte. Ou seja, há mil formas de se ler este livro, é só você encontrar uma que combine com o seu estilo e o gosto do seu filhote.

Boa brincadeira para vocês!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Biscoitos Preto e Branco

Aí vai mais uma receitinha para fazer junto com as crianças:

Ingredientes:
350 g de farinha de trigo
200g de manteiga em temperatura ambiente
1 ovo
125 g de açúcar
1 colher de café de baunílha
50g de chocolate em pó

Modo de fazer:
Misture a farinha, o açúcar, a manteiga e o ovo numa tigela. Amasse bem com as mãos e divida a massa em duas partes. Em uma parte junte a baunilha e na outra o chocolate em pó. Faça bolinhas e amasse-as com a mão. Coloque numa assadeira untada com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 10 minutos até que os biscoitos fiquem dourados.

Para dar mais graça aproveite que a massa tem duas cores diferentes e faça carinhas ou desenhos variados (coração, sol...) para decorar os seus biscoitos. Assim a culinária além de gostosa vira também uma brincadeira divertida!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

cinematerna: eu fui!

Faz uns dias fui pela primeira vez ao cinematerna. Foi bacanérrimo!!! Por que?

1) O filme era excelente, e eu estava com muita vontade de ir ao cinema;

2)minha filhota se comportou super bem, na verdade ela se interessou por tudo que acontecia no seu entorno e curtiu ficar brincando com outros bebês no tapetinho;

3) fui com amigas recém-mamães e tivemos oportunidade de conversar depois da sessão durante o café e também de fazer um encontro de bebês - coisa deliciosa!


4) Mas o mais interessante é perceber que é muito gostoso estar junto com outros pais, mesmo que sejam pessoas totalmente desconhecidas. É uma sensação parecida a que sentimos quando estamos num país estrangeiro e encontramos casualmente outros brasileiros, uma certa familiaridade, um sentimento de estar em casa. Acho que reconhecemos no outro aquele olhar doce, um certo "inclinar da cabeça", a voz melosa, todos embalando seus bebês.

5) A conversa no café pode ser sobre tudo, inclusive sobre nossos filhos. É isso mesmo, é permitido falar do nosso assunto preferido, mas não obrigatório. É que, às vezes, quando estamos com amigos que não tem filhos, uma queixa comum é: puxa você só fala de fralda, carrinho, sling e gracinhas variadas!

6) É uma delícia encontrar um espaço para dividir momentos especiais, dúvidas, e contar com a experiência dos outros para refletirmos sobre o nosso jeito de ser mamãe. Ao mesmo tempo não é um grupo sobre "como exercer a maternidade" com orientações de especialistas ou qualuqer chatice do tipo.


Por isso tudo achei o cinematerna muito especial.

As organizadoras-idealizadoras-e-empreendedoras cuidam de todos os detalhes, recebem os novatos com um sorriso, dão algumas explicações. Durante a sessão elas estão atentas e ajudam alguém que esteja mais atrapalhado.

Posso dizer que me senti cuidada, muito bem cuidada, e isto é um fator importantíssimo para que eu também possa ciudar bem.

Espero repetir a dose!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tirania Infantil - Calligaris


Achei muito interessante o artigo do Calligaris e por isso resolvi publicá-lo.
Nas reuniões da escolinha do meu filho um tema recorrente é "como colocar limites". Algumas mães brincam dizendo "começou a terapia em grupo", pois nestes momentos das reuniões os pais acabam por compartilhar suas dificuldades, falar de seus "dramas pessoais". O problema é que frequentemente as pessoas querem uma receita de bolo: "por favor me diga o que eu devo fazer". Não há receita, o que sim temos são algumas diretrizes, pensamentos, reflexões, que podem ajudar que uma mãe seja mãe do seu jeito (e um pai tb claro!).

CONTARDO CALLIGARIS
Tirania infantil

NA SEMANA PASSADA , o programa de Boris Casoy (TV Bandeirantes) quis me entrevistar sobre "tirania infantil", ou seja, sobre as crianças que os pais não conseguem controlar e que, de fato, controlam seus pais. Não consegui encontrar um horário para a entrevista; em compensação, fiquei o fim de semana inteiro meditando sobre a tirania infantil.
Claro, pensei na série "Supernanny", que, no Brasil, está na quinta temporada, no SBT. "Supernanny" é um reality show, no qual a educadora Cris Poli visita famílias que se inscreveram previamente pedindo a ajuda de uma superbabá. Poli observa, analisa o que acontece e aconselha os pais. As sugestões práticas de Poli já devem ter ajudado muitos pais desesperados: até agora, há mais de 30 mil famílias que se candidataram. Não é o caso de estranhar: o desespero dos pais que não conseguem controlar suas crianças é a consequência extrema de traços culturais específicos de nossa época.
1) A tirania infantil é o regime no qual vivemos: ela foi decretada há 200 anos, no mínimo. A partir do fim do século 18, acreditando ou não que haja uma vida no além, a gente começou a considerar que a morte é o fim da única vida que importa: a nossa. A continuidade da espécie, do vilarejo, do sobrenome, da alma ou da torcida organizada de nosso time pararam de ser um consolo: "Quando eu morro, a coisa acaba". Só uma exceção: as crianças, que se tornaram, para nós, a única forma concreta de sobrevivência: "Morro, tudo acaba, mas os filhos me continuam, eles jogarão por mim os tempos suplementares de minha vida".
2) Um efeito imediato dessa mudança cultural é que passamos a querer que as crianças sejam (ou pareçam) sempre "felizes". Desejamos que elas encenem a felicidade de nossa vida "futura", ou seja, de nossa vida como esperamos que ela continue depois da nossa morte. Por consequência, educar se tornou impossível: sei que, a longo prazo, Joãozinho e Mariazinha se darão melhor na vida se ele parar de fazer cocô na sala e ela deixar de visitar a cama dos pais a cada noite, mas negar-lhes esses "prazeres" significa encarar um espetáculo de choros, gritos e raiva. Como aguentar a infelicidade daqueles que são encarregados de me mostrar desde já a felicidade que eu não tive, mas que terei post mortem?
Frustrar os filhos significa admitir que nossas frustrações sobrevivem à gente, que, de uma maneira ou de outra, elas continuam na nossa descendência. 3) Na mesma época em que as crianças se tornaram representantes de nossa vida além da morte, começamos a organizar nossa sociedade pelos sentimentos. Não só nos casamos por amor, mas até nossos laços de sangue pouco valem sem os afetos. Passamos de um mundo em que havia laços com ou sem sentimentos (tanto fazia) a um mundo em que os sentimentos são condição dos laços.
Por exemplo, para ser pai ou mãe é preciso ser reconhecido e amado como pai ou mãe; o respeito não é gratuito nem "natural": ele é ganho como se ganha o afeto do outro em qualquer relação. Os pais modernos devem, em suma, conquistar (e manter) seu lugar no coração e na cabeça dos filhos. Sem isso, eles param de ser pais. Portanto, a cada vez que eles impõem um castigo ou fincam o pé, eles são corroídos pelo medo de perder seu próprio lugar de pai e mãe, porque 1) as crianças poderiam deixar de amá-los; 2) eles mesmos estariam, naquele instante, deixando de amar suas crianças. Certo, na hora da irritação, amamos menos nossos rebentos; problema: se o amor é condição dos laços, eis que a família é ameaçada de dissolução por nossa "severidade". Castigar parece valer como uma expulsão do lar.
Por isso, os pais não conseguem castigar sem culpa, e as crianças castigadas, por exemplo, fogem de casa, entendendo que seu lugar não é mais ali. 4) Como se não bastasse, o castigo é imediatamente acompanhado por seu contrário. Os pais tentam se impor e se fazer valer (recorrendo, exasperados, até à força), mas, com isso, receiam perder o amor da criança e seu amor por elas, ou seja, receiam acabar com a família. Logo, quando eles castigam, querem imediatamente "reparar" o amor: a educação se transforma assim numa alternância repentina de pancadas e mimos.
Tranquilize-se: as crianças não enlouquecem; mas se tornam, isso sim, manipuladoras, ou seja, aprendem a produzir elas mesmas a alternância que desejam: "Castigue-me, que estou a fim de um mimo".